Plutão, Hades, Oxaguiã, Shiva e as várias máscaras da destruição!!!
Eu tenho uma amiga que tem uma gata chamada Shiva, eu tenho
um gato chamado Plutão. Plutão é o Senhor do Submundo, Shiva é o Destruidor.
Tanto Plutão quanto Shiva, são Deuses que indicam o fim, a morte, o término.
Plutão, na Astrologia é o planeta conhecido como grande Transformador.
Quando penso nas energias desses dois Deuses não consigo
deixar de pensar que é preciso entrega, paciência, resignação, resiliência, pois
quando vivemos trânsitos tensos de Plutão, precisamos parar de resistir, parar
de lutar contra a destruição, parar de lutar contra as mudanças, nessas horas
em que algumas áreas das nossas vidas parecem estar desmoronando precisamos
usar de todas as ferramentas que temos para nos mantermos erguidos.
E apesar de algumas vezes termos que entregar
temporariamente o poder a outrem, sabemos que o queremos é assumir o poder,
mais fortalecidos, mais maduros, mais poderosos. Pois descemos aos infernos,
comemos de sua romã e agora estamos prontos para seguirmos adiante.
Os trânsitos de Plutão são tão intenso que pensamos estar
passando por uma avalanche, e creia-me é mesmo uma avassaladora avalanche, não
adianta lutar, nem resistir, seu poder é
destruidor, é transformador.
Quando resistimos a força de mudança existente nos trânsitos
de Plutão demoramos mais a sentir seu poder transformador, pois acabamos presas
na ideia de permanência, acabamos focando nossas energias na manutenção de algo
que não nos se serve mais, e isso nos rouba energia e nos faz perceber o trânsito de forma avassaladora e destruidora.
Ao permitir sem resistir que as mudanças aconteçam abrimos
um novo fluxo de energia.
Imagine que ao permitir a chegada da mudança nos igualamos
as lagartas, que simplesmente dormem e acordam borboletas, e ao não permitirmos
as mudanças ao lutarmos contra elas, estamos indo contra o fluxo natural da
vida, estamos nadando contra o rio. Buda já dizia que a vida é impermanente,
todo o nosso sofrimento está em não aceitarmos essa impermanência da vida.
Plutão, é o regente de Escorpião, dono da oitava casa da
mandala Astrológica, e também o senhor do submundo, do seu e do meu submundo,
daquele mundo interno que muitas vezes só nos deparamos com ele em momentos de
profunda dor, mágoa, onde nossa segurança tanto emocional quanto material
estejam sendo ameaçadas, aquele submundo que nós não somos capazes de
reconhecer como nosso.
Plutão, pode e deve ser sentido sempre, ele está presente em
nossas entranhas, vive em nossa alma, nos deparamos com ele sempre que fazemos
sexo, preste atenção que não tem a ver com aquele amor romântico idealista e
possessivo que muitos buscam viver. Falo
aqui de tesão, de sexo sem restrição, de sexo por prazer, e esse sexo na maioria das vezes não é focado
no outro, é focado em si, e naquilo que aquele outro é capaz de nos
proporcionar. Portanto não confunda quando eu disser que Plutão é a
manifestação da energia sexual. Assim como Marte também é manifestação de
energia sexual, no entanto, em outro nível.
Energia sexual é poder, é fonte de poder, de energia que
precisa se manifestar. Energia sexual é troca, onde você dá o que tem de sobra,
e ás vezes até nem precisa tanto dessas energias, e recebe as que precisa
manifestar, tanto consciente quanto inconscientemente.
Portanto caso esteja só, sem ninguém com quem dividir essa
energia, reflita sobre isso, isso de alguma maneira corresponde ao que precisa
ou desejou em algum momento da vida? Pense
que pode estar precisando encontrar essa energia dentro de você, pois ela foi
direcionada para outro foco, outras necessidades, ou até mesmo vivenciada de
forma errada, abusiva, deturpada.
Os trânsitos de Plutão, estão ligados ao que devemos
destruir o que devemos reciclar em nossas vidas.
Essas são as muitas caras do mascarado, de Plutão, de Hades,
Shiva, Oxaguiã, todas essas energias
estão ligadas a energia desse planetinha, hoje Planeta – Anão, tão distante,
tão gelado, tão lento... E ao mesmo tempo, tão poderoso, devastador,
avassalador e importante.
Plutão e seus trânsitos nos ensinam que a natureza de todas as coisas é efêmera, e que não devemos nos apegar a forma, a matéria e sim, aquilo que realmente interessa, ou seja a essência dos relacionamentos e não ao relacionamento, a essência das pessoas e não a sua forma física.
Wow... super intenso, plutônico!
ResponderExcluirValeu Renato!!!
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