14 de janeiro, domingo, dia do Sol!
O Sol é o planeta que ao passar por um determinado signo, ou seja, por uma determinada faixa no céu, nos identifica como sendo parte daquela energia. Ele ilumina essa área do céu quando passa, e os seres que nascem durante aquele período, são as centelhas da Luz desse signo.
Quando o Sol passa por Capricórnio as centelhas divinas que chegam à terra são as cabras, os bodes, as cabras dágua. Estamos habituadas a enxergar as cabras, apenas as cabras, pensamos e erroneamente descrevemos o Capricórnio como as cabras domésticas, aquelas que ficam obedientemente no estábulo esperando ser ordenhadas e passeiam com seu pastor todas as manhãs alegremente, sempre fazendo seu serviço, seu trabalho, sua função, de forma rotineira, prática e constante.
Vemos o executivo e a pessoa dedicada a vida profissional e logo concluímos, essa aí é de Capricórnio, só pode. Algumas pessoas, até falam isso, em tom crítico, com certo desprezo.
Os bodes, são os Capricórnios velhos, ranzinzas, solitários, mesmo quando não são velhos; são mais calados, parece que sempre sentem alguma dor, nem sempre física; uma saudade lhes corrói o peito, e eles vivem literalmente de bode.
Já as cabras dágua, essas são as mais raras da espécie, estão sentadas nas mesas dos escritórios, fazem reuniões com grandes corporações, mas a noite, uivam pra lua, dançam nuas nas florestas, e se entregam aos prazeres do corpo até o êxtase.
São as professoras que passam o dia a ensinar dedicadas e plenas aos seus alunos pentelhos, mas quando chega o final de semana se entregam as águas frias da cachoeira, sobem altas montanhas e saltam de asa delta.
As autênticas cabras dágua lutam com bravura contra um sistema aprisionador o tempo todo, não apenas a noite qd deixam de ser caixa de banco, não somente aos finais de semana, mas o tempo todo, transformam suas vidas nesse grito de liberdade.
Meu primeiro exemplo de cabra dágua genuina, é Simone de Beauvoir, nascida em 09 de janeiro de 1908, com Sol de mãos dadas com Mercúrio e Urano, foi logo cedo em busca de autonomia, liberdade e independência, mais tarde, conclamou ao mundo que a mulher só seria capaz de se libertar da condição de submissão em relação ao homem se construísse, através do trabalho e do estudo, sua autonomia, liberdade e independência. Foi a voz do movimento feminista francês e suas palavras ressoam até hoje.
Rita Lee Jones, nossa querida ovelha negra, era na verdade uma bela cabra dagua, nascida em 31 de dezembro de 1947, com Ascendente em Aquário, também falou de independência, liberdade, autonomia.
As cabras dágua fazem isso, não aceitam a domesticação, querem a vida livre das montanhas de novo, querem pular penhascos, querem bater cabeça, chifre com chifre, mesmo que isso lhes custe seus cargos, seu bem-estar, sua reputação.
Querem poder ouvir apenas a voz do silencio, o canto dos pássaros, o murmurar do vento nas arvores, as cigarras, os grilos, a gota da chuva molhando a terra. Capricórnio lida muito bem com a solidão, transforma-a em solitude e se integra a si mesmo, ao seu passado, sua história, sua ancestralidade.
As cabras dágua nascidas em dezembro e janeiro, são raras, mas preciosas, olhe para aquele cabra que tá ousando algo diferente, que tá pulando um penhasco perigoso cheio de coragem e confiança.
Mês passado muito se falou da impossibilidade de Jesus ser de Capricórnio. Aliás, sempre se falou muito sobre isso, várias tradições trazem outras datas, mas pra mim, é fácil ver o Jesus Cabra dágua, nascido em 25 de dezembro, na Galileia.
As cabras dágua gritam por liberdade em todos os sentidos inclusive o espiritual!
Bom domingo!
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