O Eremita vai reger 2025, e agora? Parte 1

 


2025 o Ano do Eremita 

Com uma túnica preta, uma vela e uma foice um homem caminha a noite no escuro deserto, como companhia, um corvo pousa em seu ombro esquerdo.  

Essa é a imagem do Eremita no Tarot Mitológico. Um olhar profundo, a boca fechada, a cara não esbouça nenhum sinal de amizade, abertura ou sinal de que algo será dito.  

O céu noturno do deserto está carregado de nuvens densas. Não há estrelas no céu, nem lua, o chão está seco e quebradiço.  

Só o velho sábio se atreve ficar no deserto na noite escura! 

O Arcano 9 será o regente de 2025, pois 2+0+2+5=9 Essa é a forma mais comum de falarmos sobre a energia que vai reger o Ano. Mas podemos sortear uma carta perguntando qual é a energia que vai reger o Ano de 2025 para toda a humanidade, ou para o Brasil, ou para a América, e ai, cada profissional da área vai trazer a energia que cabe a ele trazer para transmitir para quem o segue. Nesse artigo, vamos falar do senso comum, para a escolha do Arcano Regente do Ano, falaremos do Eremita, o Arcano 9! 

Se olharmos para o Eremita do Tarot Mitológico, vamos encontrar com Saturno. Não o Saturno Astrológico, mas o Saturno deus romano. E a primeira coisa que gosto de falar sobre Saturno, é que ele é o cara. E aí a galera diz, como assim? Ele limita, impossibilita, diz PARE e PENSE, REFLITA.  

E eu digo e repito, SATURNO é o cara. É o cara que decide pegar a responsabilidade de libertar a si, seus irmãos e sua mãe do jugo de Urano. É Saturno, quem assume pra si a responsabilidade de executar o plano de sua mãe Gaia.  

Como Saturno também rege o tempo e ciclos astrológicos, 2025 se apresenta como um ano crucial para reestruturações. Sua energia nos convida a refletir sobre o que precisa ser encerrado e o que pode ser construído a partir de uma base sólida. Saturno nos ensina que o tempo é tanto um limite quanto uma oportunidade de transformação. Para aqueles que vivenciam transições importantes, esse ano pode marcar o fim de velhos padrões e o início de uma jornada mais consciente. 

E é Saturno que executando o plano de sua mãe, castra Urano, e com isso faz nascer Afrodite/ Vênus, o amor, a beleza, a luxúria.  

E é Saturno que temos aqui representado no Tarot Mitológico. Esse Tarot traz em cada lâmina um Deus, um mito, um herói, uma saga da Mitologia Greco-Romana.  

O ANO DE 2025 EXIGIRÁ DE NÓS RESPONSABILIDADE 

Apesar de solitário, o caminhante no deserto, está disposto a levar sua luz a quem pedir, com quem ele encontrar. Apesar de não estar muito disposto a falar, o Eremita vai apontar o caminho, iluminar a jornada, cortar o que não serve e alimentar o corvo com a carne morta.  

Apontar caminhos, seguir caminhos, caminhar, refletir, ter cautela, todas essas palavras são energias chaves para 2025.  

Devemos agir de duas maneiras, em alguns momentos devemos apontar caminhos e em outros seguir caminhos. Quando Saturno Cronos, em meio a uma reunião entre Gaia e seus filhos, decide, que vai ser o executor do plano de sua mãe, ele aponta o caminho da liberdade para si, sua mãe e irmãos. Quando aceita e cumpre o plano da mãe, Saturno Cronos, está seguindo caminhos.  

Durante esse ano, devemos equilibrar nossa vida nessas duas direções, devemos ser aqueles que apontam caminhos, mas devemos ter a humildade de seguir caminhos apontados pelos outros quando nos sentirmos enveredando pelo deserto a noite.  

HUMILDADE é uma das virtudes que devemos desenvolver em 2025 

Humildade para termos o discernimento de saber qual o momento de seguirmos alguém, humildade para conduzir sem humilhar, sem forçar, sem agir com violência.  

O Eremita do Mitológico carrega em sua mão esquerda uma foice e no ombro esquerdo tem um corvo confortavelmente pousado. A mão esquerda recebe, o lado esquerdo é o lado feminino que recebe. 

Recebemos o poder de coitar, ceifar, mas também de colher, pois a ceifa também serve para colher os frutos que plantamos.  

Em 2024 com a Justiça, cada um de nós, foi chamado a fazer escolhas racionais, equilibradas, agora temos a capacidade de colhermos os frutos das escolhas.  

O corvo está ligado a capacidade de todas as aves de verem além daquilo que vemos, da capacidade de verem por cima da situação, de se distanciarem, para olharem o TODO.  

O corvo é um animal associado a Apolo, conta a lenda que eles eram brancos, no entanto, levavam a Apolo más notícias, e ele não queria muito lidar com más notícias e chamuscou todos os corvos que passaram a ser pretos.  

Além disso, o corvo carrega em si a capacidade de transitar entre mundos, tornando-se um poderoso símbolo de mediação. Representa o mensageiro que conecta a vida e a morte, o consciente e o inconsciente, o material e o espiritual. No ombro do Eremita, ele enfatiza a sabedoria que se encontra na introspecção e na aceitação das sombras, lembrando-nos que só ao encarar o desconhecido podemos compreender nossa jornada. 

Mas o Eremita lida com as más notícias, ele colhe com sua foice as más notícias, pois sabe que são frutos de suas escolhas e decisões.  

O corvo e Cronos nos lembram que o tempo passa, o tempo voa, o tempo não para. E por isso, num ano regido pelo tempo, devemos escolher de forma respeitosa, como vamos lidar com o nosso tempo.  

É preciso que aja um tempo pra criar, um tempo pra comer, pra rezar, amar, descansar, aprender, ler, contemplar, se divertir, gozar, viver e morrer. Este é um ano pra aprendermos a lidar com o fim de alguns ciclos.  

Um ano para aprendermos a respeitar os mais velhos, perceber que estamos todos envelhecendo e com isso necessitando de políticas públicas que visem se responsabilizar mais pelo bem estar dos idosos.  

Assumir responsabilidades pelos mais fracos e assumir responsabilidades sociais é o que nos pede um Ano regido pelo Eremita de Liz Greene.  

Espiritualidade, olha o corvo ai, olha a conexão com o lado instintivo, animal, sensitivo. A conexão das aves com o elemento ar e também com a terra é fantástica, algumas inclusive conseguem conexão com o ar, a terra e água, como os pinguins, os pelicanos, as gaivotas.  

O corvo nos inspira a buscar essa conexão, mas é uma conexão espiritual que vem do estudo, do aprendizado, aqui encontramos outra forma de seguir, de praticar a humildade solicitada por esse Arcano.  

Nesse ano que está chegando, decida aprender algo que torne você uma pessoa melhor, mais sábia, madura, responsável, consciente.  

No Eremita do Mitológico não vemos água, o que é um indicio de que nesse ano, as emoções tendem a ficar mais recolhidas, elas continuarão existindo, claro, mas estarão mais contidas, sendo tratadas em ambientes mais sérios, propícios e adequados.  

O ano de 2025, regido pelo Eremita, nos pede profundidade, paciência e sabedoria. Ele nos lembra que, assim como Saturno/Cronos rege o tempo, a vida é feita de ciclos que se encerram para que novos possam começar. Esse é um convite para assumirmos responsabilidade pelas nossas escolhas e pela forma como gastamos nosso tempo — nosso recurso mais precioso. 

O Eremita, com sua luz e sua foice, nos guia através do deserto das incertezas. Ele nos ensina que a solidão pode ser transformadora, que as más notícias também podem ser grandes lições, e que, com coragem e reflexão, podemos encontrar o caminho. 

O corvo em seu ombro é um lembrete de que não estamos sozinhos nessa jornada. Ele nos conecta ao que é instintivo, espiritual e intuitivo, ajudando-nos a enxergar além do visível e a lidar com as sombras do passado. Em 2025, cabe a cada um de nós decidir como vamos encerrar os ciclos que não nos servem mais e construir novos caminhos de forma mais sábia, madura e consciente. 

Que possamos viver este ano com humildade, aprendendo a seguir caminhos quando for necessário e a apontá-los para aqueles que precisarem de nossa luz. Que o Eremita nos guie na jornada da introspecção e da autodescoberta, para que possamos emergir mais fortes, sábios e conectados à essência do que realmente importa. 

Afinal, como o Eremita nos ensina, o tempo é precioso — e a maneira como o utilizamos definirá os frutos que colheremos. Que 2025 seja um ano de aprendizado, reestruturação e evolução para todos nós. 

 

 

 

 

 


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